quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Bifinhos de Perú ao Molho de Café

Se há algo que adoro fazer é variar nos ingredientes dos temperos. Hoje, quando tinha descongelados uns quantos bifes de peru, resolvi colocar em prática algo que a minha mãe fazia de vez em quando. Um molho de café cremoso e delicioso. Nada de mais, e bem simples de fazer.

Num tacho médio, fiz um refogado com uma cebola, azeite e molho de alho. Mexendo tudo, coloquei quatro bifes de peru, deixando cada lado dos mesmos a fritar por cinco minutos, e virando em seguida. Enquanto isso, numa caçarola derreti um cubo de caldo de carne com um fio de óleo e de seguida acrescentei um pacote de 200 mililitros de natas culinárias. Numa chávena de café, dissolvi duas colheres de chá de café solúvel com água até ao topo, mexi e juntei as natas. Adicionei por fim uma pitada de pimenta e óregãos, e mantive em lume brando até engrossar.

Adicionei o molho à carne, e deixei ao lume no tacho tapado por quinze minutos em lume brando. Depois, desliguei o lume, deixei repousar um pouco e servi com um pouco de massa espiral. Também pode servir com salada de pimentos, e um pouco de vinho branco. No palato, esta combinação fica deliciosa!

Resumo de ingredientes:
- 4 bifes de perú finos
- 1 cebola
- 2 colheres de sopa de molho de alho
- 200ml de natas culinárias
- 2 colheres de chá de café solúvel
- 1 cubo de caldo de carne
- Água q.b.
- Pimenta q.b.
- Óregãos q.b.

Sigam, partilhem, "pipocomentem" e digam-me o que pensam de um molho de café quando bem feito...

Pipocas para todos! Até mais ver!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Bolo de Vénus

Olá de novo minhas pipocas. Ontem dei-me ao luxo de preparar um bolo para os meus amigos, que passaram lá por casa, no antro repentino de conhecer a minha gatinha, Luna. O bolo foi muito simples e ficou delicioso, como é costume, modéstia à parte.

Servi-o com uma bebida especial, uma mistura de vodka com sumo de ananás e coco, e um travo a canela. A mistura foi inebriante, como seria de esperar. E o acompanhamento, como bolo, foi o ideal.

Na batedeira, juntei 8 ovos com três gotas de essência de baunilha e 4 colheres de sopa de açúcar branco refinado. Depois de atingir uma cor esbranquiçada, adicionei uma lata inteira de leite condensado aos poucos, junto com uma colher de sobremesa de canela em pó. Juntei por fim três colheres de sopa de chocolate culinário em pó e 6 colheres de sopa de coco ralado. Mantive na batedeira por cerca de 10 minutos, e adicionei duas colheres de sopa de óleo vegetal.

Untei um tabuleiro com margarina e farinha e depositei a mistura lá dentro, levando ao forno pré-aquecido a 180ºC.

Assim que cozeu, retirei do forno, desenformei-o e deixei-o ao ar livre a arrefecer. Numa taça juntei outra lata de leite condensado (vejam só o exagero, mas acreditem que compensa e no fundo nem fica tão doce como acha ao ler isto) com 1 colher de sopa do chocolate em pó, 3 colheres de sopa de coco ralado, 40 gramas de gengibre ralado e sumo de meia lima. Misturei tudo até ter um creme espesso e castanho, e despejei-o por cima do bolo. Restou-me decorá-lo a gosto com o restante do coco ralado e servir frio!

É uma delícia e tão simples de fazer.

Resumo de ingredientes:

Para o bolo:
- 8 ovos
- 3 gotas de essência de baunilha
- 4 colheres de sopa de açúcar branco refinado
- 1 lata de leite condensado
- 1 colher de sobremesa de canela em pó
- 3 colheres de sopa de chocolate culinário em pó
- 6 colheres de sopa de coco ralado
- 2 colheres de sopa de óleo vegetal

Para a cobertura:
- 1 lata de leite condensado
- 1 colher de sopa de chocolate em pó
- 3 colheres de sopa de coco ralado
- 40g de gengibre ralado
- Sumo de meia lima (ou limão se preferir)

Lembrem-se do concurso, não fiquem para trás, toca a participar e enviar as vossas receitas!

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e experimentem fazer este bolo em casa! Garanto-vos que uma fatia não fará mal a ninguém!

Pipocas para todos! Até mais ver!

Macarrão de Alho e Linguiça

Olá meus queridos leitores. Infelizmente estes últimos dias não tenho tido tempo para continuar o meu trabalho culinário, pelo que não pude acompanhar diariamente a rotina do blog. Porém entre hoje e amanhã trago-vos três receitas, colocadas ao longo do dia, para compensar os últimos 3 dias em que não vos actualizei com as novidades da minha cozinha. Hoje estou de folga no trabalho, pelo que decidi dedicar um pouco mais de tempo a actualizar este meu espaço querido.

Assim sendo, vamos começar com o meu almoço de hoje, que foi uma mistura de rapidez com sabor intenso. A intensidade vem do alho, e já vos explico porquê. Foi a refeição mais simples e deliciosa para hoje, e bem acompanhada de um sumo de ananás, fez o meu meio-dia muito especial.

Num tacho pequeno, cozi 200 gramas de macarrão grande riscado com um cubo de caldo de vegetais. Enquanto o macarrão cozia, preparei numa taça um pacote de 200 mililitros de natas culinárias com uma pitada de pimenta de 2 colheres de sopa de molho de alho, e mexi muito bem. Por fim, adicionei uma colher de sobremesa de óleo.

Assim que o macarrão ficou cozido, escorri a água e coloquei o tacho de novo ao lume, adicionando a mistura das natas com o molho de alho. Comprei-o numa loja muito especial, sobre a qual falarei um pouco melhor muito em breve, e dá-me imensa ajuda, tal como o rótulo sugere. Cebolas não faltam na minha despensa, mas naqueles dias em que as compras são simples e apressadas, esqueço-me frequentemente de comprar alhos. Assim sendo, este molho ajuda-me nas alturas em que não quero ir ao supermercado só por causa de uma cabeça de alho.

Mexi um bocado as natas com o macarrão por cerca de 5 minutos e retirei do lume, Restou-me cortar 4 linguiças finas picantes aos bocados, e misturar tudo. Servi com um pouco de salsa fresca, e é como vêem, o resultado final foi deliciosamente inebriante.

Resumo de ingredientes:
- 200g de macarrão grande riscado
- 200ml de natas culinárias
- 4 linguiças finas picantes
- 1 cubo de caldo de galinha
- 2 colheres de sopa de molho de alho
- 1 colher de sobremesa de óleo
- Salsa q.b.
- Pimenta q.b.

Aproveito para vos relembrar que o concurso A Minha Especialidade termina já esta sexta feira, dia 23! Enviem as vossas receitas para o meu e-mail pipoca.mel.chocolate@gmail.com para eu analisar e decidir as três receitas mais originais. Participem!

Sigam, partilhem, "pipocomentem" e venham dizer-me como foi o vosso almoço. Apetitoso?

Pipocas para todos! Até mais ver!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O Meu Bolo de Bolacha

Eu digo "o meu bolo de bolacha" porque há muitas sugestões e iniciativas para um bolo de bolacha que acaba por ficar diferente do anterior. Já houve críticas acerca da forma como faço o meu bolo, por isso eu decidi desmistificar tudo e colocar em plano único a forma como sempre aprendi e sempre farei o meu Bolo de Bolacha.

Assim sendo, meus queridos leitores, a preparação é facílima. Misturei 500 gramas de açúcar amarelo com 750 gramas de margarina para barrar sem sal, e mexi até ficar uma pasta mole. Juntei duas colheres de sopa de café solúvel e um terço de uma lata de leite condensado. Assim que obtive uma pasta uniforme, comecei a montar o bolo. Eu precisei de três pacotes de bolacha Maria, e mergulhei-os em dois cafés mornos numa tigela.

Assim sendo, montei a primeira camada. Untei a base do tabuleiro com um pouco do creme e, mergulhando as bolachas no café morno, coloquei-as por cima, cobrindo o fundo. Alternando entre o creme e as bolachas, cheguei ao topo do tabuleiro, e cobri a última camada de bolachas com o creme que restou. Enfeitei a superfície com bolacha ralada e inteira, e terminei com chocolate ralado.

É a forma mais deliciosa que conheço de um bolo de bolacha. A minha santa mãe que seja abencoada, porque sempre me mimou com este manjar docinho e cheio de sabor e mistério. Experimentem!

Resumo de ingredientes:
- 3 pacotes de bolacha Maria
- 500g de açúcar amarelo
- 750g de margarina para barrar sem sal
- 2 colheres de sopa de café solúvel
- 1/3 de lata de leite condensado
- 2 cafés mornos
- Bolacha para decorar q.b.
- Chocolate ralado q.b.

Sigam, partilhem, "pipocomentem" e venham dizer-me como é a vossa versão do bolo de bolacha.

Pipocas para todos! Até mais ver!

Frango e Linguiça em Espirais com Molho Cítrico

Hoje adquiri um novo membro para a família. Como podem ver pela foto, apresento-vos a Luna. Tem três meses e é a coisa mais fofa que já vi até hoje. É uma meiguice e tão ternurenta e sossegada, que dá vontade de apertar!

À parte deste peluche felino, tive que preparar o jantar, pelo que tive que usar um frango. De início pensei em assá-lo, mas decidi fazer algo diferente, mesmo para vos agradar e sugerir algo delicioso.

Assim sendo, cozi um frango inteiro sem miúdos, partido aos bocados. Depois de cozido, desfiei-o e fiz um refogado com uma cebola e um pouco de azeite de alho. Coloquei os bocados de frango na panela e mexi um pouco. Adicionei dois pacotes de bacon às tiras e três linguiças pequenas picantes aos bocados. Juntei-lhe uma pitada de sal e pimenta, e um pouco de noz moscada, e deixei ao lume a refogar por 10 minutos.

Entretanto, coloquei a massa em espirais a cozer, cerca de 350 gramas. No microondas, derreti três colheres de sopa de margarina e depois juntei o sumo de um limão e uma laranja. Retirei o frango do lume, adicionando o molho e mexendo vigorosamente.

Restou-me escorrer a massa, e servi-la no prato junto com o frango. Ficou estupendamente saboroso, e deixou algumas sobras para acompanhar numa sanduíche de frango, com um pouco de maionese. 5 estrelas. Quer comprovar?

Resumo de ingredientes:
- 1 frango inteiro sem miúdos
- 350g de massa espiral
- 1 cebola
- 2 pacotes de bacon às tiras
- 3 linguiças picantes pequenas
- 3 colheres de sopa de margarina
- Sumo de 1 limão
- Sumo de 1 laranja
- Noz moscada q.b.
- Azeite de alho q.b.
- Sal e pimenta q.b

Sigam, partilhem, "pipocomentem" e venham dizer-me como foi o vosso jantar com um frango com sabores tão leves mas intensos...

Pipocas para todos! Até mais ver!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Empadão Rápido

Hoje fui abordado com uma sugestão completamente insólita. Estava eu a fazer pesquisas para um artigo futuro para o blog quando me oferecem uma goma muito interessante. Aparentemente, é igual às outras, como podem ver pela foto. Mas acreditem que encarei uma surpresa muito... picante! Sim! Uma goma extremamente picante. E não estou a exagerar. Basta meterem a goma na boca, sem trincar, e vão sentir logo o ardor na língua. Também fui pouco burrinho... podia ter percebido isso pelo desenho da goma... Mas pronto!

À parte das surpresas, hoje para jantar fiz algo rápido. Este empadão não foi ao forno, e não é na realidade um empadão, mas para quem quer sentir o sabor e texturas típicas deste prato mas não tem muito tempo para o deixar no forno, eis uma alternativa mais rápida para esses momentos.

Assim sendo, bastou-me cozinhar a carne picada, cerca de 300 gramas, refogando-a com azeite, uma cebola e três dentes de alho. Juntei 150 mililitros de polpa de tomate, envolvi tudo, e acrescentei uma pitada de noz moscada, pimenta e sal. Por fim, juntei uma chávena de água, para deixar a carne a cozinhar por cerca de 20 a 25 minutos. Enquanto isso, eu já tratava do puré.

Este foi fácil, e não é caseiro (embora seja algo vergonhoso para mim, mas não tive mesmo muito tempo), só precisei de 650 mililitros de leite, duas colheres de sopa de margarina sem sal e um cubo de caldo de carne. Deixei derreter ao lume e depois restou-me juntar duas saquetas de puré, mexendo sempre e acrescentando por fim noz moscada. Uma coisa em relação a esta última especiaria é que, eu não a compro em pó, mas compro mesmo as nozes. Isto porque prefiro o sabor genuíno e fresco da noz moscada a ser ralada no momento em que é utilizada, e eu normalmente ralo-a com a serrilha de uma faca.

No prato bastou-me colocar primeiro a carne e cobri-la com o puré. Antes de servir a carne, piquei um pouco de salsa e acrescentei à panela. Foi rápido, demorou 20 minutos e toda a gente gostou. Não acha que fica uma boa alternativa para quando está sem tempo mas quer ter algum prazer?

Resumo de ingredientes:
- 300g de carne picada
- 150ml de polpa de tomate
- 650ml de leite meio gordo
- 2 colheres de sopa de margarina sem sal
- 1 cubo de caldo de carne
- 2 saquetas de puré de batata em pó
- 1 cebola
- 3 dentes de alho
- Azeite q.b.
- Noz moscada q.b.
- Salsa q.b.
- Sal e pimenta q.b.

Esabem qual foi a minha sobremesa? Infelizmente não consegui tirar foto, devido à bateria da máquina, mas o que comi foi maravilhoso. Descasquei uma romã, colocando os bagos numa tigela, juntei um iogurte natural, duas colheres de açúcar e meti à boca! Ficou tão bom! Experimentem!

Sigam, partilhem, "pipocomentem" e venham dizer-me se inovaram com algo diferente, ou não deixou de ser algo que pode muito bem passar por empadão...

Pipocas para todos! Até mais ver!

Massada de Atum picante

Como disse no artigo anterior, anteriormente eu tinha feito uma massada de atum picante. E hoje decidi fazê-la de novo, pois a minha mãe pediu-me para lhe fazer um pouco (depois de lhe ter falado sobre o jantar de ontem), visto que hoje fui a casa dela. Assim sendo, aqui fica a sugestão (versão 2, se preferirem) da massada de atum!

É com esparguete, sim, portanto bastou-me deixar a cozer enquanto tratava do atum. Refoguei-o com cebola, dois dentes de alho e um pouco do óleo do atum, e piquei-o bem com a colher de pau. De seguida juntei-lhe quatro colheres de sopa de polpa de tomate, duas colheres de chá de pimenta branca, duas colheres de chá de molho picante, um pouco de gengibre ralado e uma pitada pequena de sal. Bastou-me mexer um pouco, adicionar um pouquinho de nada de água e deixar a repousar.

Quando o esparguete cozeu, bastou servir com o atum, e servir com um pouco de salsa. A delícia foi imediata, única, e espampanante! Ridiculamente saboroso! A minha mãe ficou de boca aberta com a rapidez com que o fiz. Mas, a sério, qual é a dificuldade?

Resumo de ingredientes:
- 1 lata de atum grande (385g)
- 250g de esparguete
- 1 cebola
- 2 dentes de alho
- 4 colheres de sopa de polpa de tomate
- 2 colheres de chá de pimenta branca
- 2 colheres de chá de molho picante
- Gengibre q.b.
- Salsa q.b.
- Sal e pimenta q.b.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Massada de Atum; um delicioso desejo repentino!

Ontem não consegui vir cá mostrar-vos uma nova receita pois foi tudo muito à pressa e foi um rebolar de tarefas. que só acabaram as onze da noite! De qualquer modo, hoje o dia não foi muito diferente, mas deu para fazer um prato que eu adoro; massada de atum. A cada vez que o preparo, a menos que não tenha muito tempo, vario os ingredientes.

Uma vez, resolvi apimentar de forma extrema este prato; precisei de uma garrafa inteira de água para tirar o ardor da boca, mas ainda assim foi delicioso. (para ver a versão picante, clique aqui). Hoje não inovei muito, engraçado... Mas de qualquer forma, fica sempre bom! E não foi nada de especial...

Bastou-me cozer 300 gramas de esparguete e, enquanto cozia, abri uma lata de atum grande (385 gramas), verti um pouco de óleo para uma caçarola, e deitei fora o restante. Depois, coloquei o atum na caçarola, mexendo bem, e adicionei uma pitada de pimenta, uma colher de chá de noz moscada e uma pitada de sal refinado.

Após deixar refogar um pouco, retirei do lume. Juntei um molho grande de salsa picada, envolvendo tudo e restou-me juntar ao esparguete cozido e escorrido, servindo no prato. Como é claro, eu servi com duas colheres de maionese, e um pouco de salsa para guarnecer. Ficou divino e, meu deus, como uma coisa tão cheia de sabor pode levar menos de 10 minutos a fazer?

Resumo de ingredientes:
- 300g de esparguete
- 385g de atum (1 lata grande)
- 1 colher de chá de noz moscada
- Maionese q.b.
- Salsa q.b.
- Sal e pimenta q.b.

Não sei bem porquê mas a foto ficou meio desfocada, mas garanto-vos que não será assim sempre. Dá para perceber a delícia, não dá?

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e venham dizer-me se adicionaram algum ingrediente a mais. Há inúmeras possibilidades para um prato destes!

Pipocas para todos! Até mais ver!

domingo, 11 de novembro de 2012

Bolo de Estrelas Negras

Fui ao supermercado comprar umas coisas que faltavam na minha despensa. Foi aí que me ligaram, a dizer que o meu sobrinho iria passar por minha casa pelo jantar. Ele, que tanto adora bolos, é um autêntico guloso!

Foi mesmo pertinente o telefonema. Não me importo nada de receber o meu sobrinho (de 9 anos de idade), mas se estivesse em casa, e com o frio que de repente se fez sentir na rua, acho que seria muito mais tortuoso ter que me vestir e passar rápido pelo supermercado. Assim sendo, e já nas minhas ideias de inventar um bocadinho, peguei nos ingredientes que queria, paguei e corri até casa.

O quentinho da minha cozinha é muito aconchegante, e já não pretendia sair dali. A minha ideia foi então começar a preparar a massa do bolo.

Num tacho médio, juntei 6 ovos com 250 gramas de açúcar e mexi violentamente até atingir uma cor esbranquiçada. Adicionei uma colher de chá de canela, outra de café solúvel, e meia lata de leite condensado. Envolvi tudo muito bem e comecei a juntar a farinha de trigo com fermento (uma farinha específica para bolos), cerca de 350 gramas. Depois de bem mexido, despejei um pacote de amêndoas torradas cobertas de chocolate (como podem ver na foto da taça amarela) e adicionei por fim quatro colheres de sopa de leite e duas colheres de sopa de óleo sempre mexendo bem até obter uma mistura cremosa.

Esta ideia de juntar as amêndoas com chocolate veio pelo facto de manter uma imagem infantil e doce no bolo, para o meu sobrinho não estranhar e querer logo provar. Sem dúvida que um guloso como ele estará sempre no início da fila para provar os meus bolos. Acho que nunca se arrepende e acaba por deixar o tio completamente babado.

Untei uma forma com margarina e farinha, e despejei a massa para dentro, levando ao forno a 170ºC por cerca de 25 minutos.

Quando o bolo cozeu, esperei até esfriar. Depois, desenformei e verti o restante da lata de leite condensado por cima do bolo, decorando com outro pacote de amêndoas torradas com chocolate (embora tenha comido algumas enquanto esperava que o bolo cozesse).

Neste momento o bolo está no frigorífico. Tive que cortar uma fatia, para o artigo, e a massa ficou húmida, mesmo no ponto que eu adoro num bolo. A textura e sabor compensa numa criação diferente e deliciosa. Não querem experimentar?

Resumo de ingredientes:
- 6 ovos
- 250g de açúcar branco refinado
- 1 colher de chá de canela
- 1 colher de chá de café solúvel
- 1 lata de leite condensado
- 2 pacotes de amêndoas torradas cobertas de chocolate
- 4 colheres de sopa de leite
- 2 colheres de sopa de óleo

Eu chamo-lhe Bolo de Estrelas Negras por razões visualmente óbvias...

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e não se esqueçam que aqui o cozinheiro quer saber do sucesso que fizeram na vossa cozinha. Pediram "bis"?

Pipocas para todos! Até mais ver!

Torradas de Azeite de Alho com Óregãos

Hoje está um dia tão lindo. Quando olho para fora lembro-me de dias tão belos passados na praia, ou num jardim a passear e a comer algum gelado nos dias mais quentes.

Um dia de descanso como estes merece um pequeno mimo saudável e sem truques. A minha mãe ofereceu-me um pouco de pão de Mafra, que utilizei especialmente há uns 20 minutos atrás. Ainda estou a trincar estas torradas suculentas, ou melhor, a trincar o último bocado, com alguma pena. Embora esteja a pensar em ir roubar mais duas fatias e voltar a preparar isto.

Não tem nada que saber. O pão pode ser qualquer um, desde que em fatias. Torre-o na torradeira ou então faça algo diferente como eu fiz. Coloquei duas fatias de pão no grelhador, sem qualquer tipo de gordura, torrando os dois lados por cerca de 2 minutos cada, em lume bem alto.

Servi num prato, anteriormente decorado com um leve fio de azeite regular. Reguei-as generosamente com o meu azeite de alho especial, e decorei com oregãos.

Foi um petisco que pediu um cálice de vinho verde bem fresco, e que me soube tão bem enquanto preparava tudo para vos falar desta mini receita... Hmm, sem palavras!

Resumo de ingredientes:
- 2 fatias de pão de mafra (ou outro tipo de pão)
- Azeite q.b.
- Azeite de alho q.b.
- Oregãos q.b.

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e digam-me que tipo de pão utilizaram!

Pipocas para todos! Até mais ver!

Azeite de Alho Especial

Para as minhas próximas receitas, poderei necessitar deste azeite e, visto que já me coloquei com extravagâncias com este azeite, achei melhor explicar-vos como o fiz. Retirei esta receita do site Petitchef (ver aqui).

Eu fi-lo há já cerca de 2 semanas atrás, para garantir que o alho e os restantes ingredientes se difundissem plenamente no azeite. Há no entanto um conselho que vos deixo de antemão. Convém usarem um azeite de boa qualidade (eu usei azeite virgem extra), bem como os alhos, que deverão estar em bom estado de conservação, levando em conta que, se assim for, ao estarem juntos no mesmo recipiente, estarão conservados por muito mais tempo.

Assim sendo, bastou-me lavar e esterilizar um galheteiro. Descasquei 14 dentes de alho, retirando as pontas e cortando-os ao meio. Restou-me depositar os alhos com uma malagueta, e encher o galheteiro com azeite!

Como já sabem, utilizem este azeite pelo menos uma semana depois de o prepararem. Assim garantirão o sabor do alho na textura do azeite!

Resumo de ingredientes:
- 250ml de azeite virgem extra
- 14 dentes de alho
- 1 malagueta

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e venham comentar o que acharam deste novo tipo de azeite na vossa cozinha.

Pipocas para todos! Até mais ver!

sábado, 10 de novembro de 2012

Bifes ao Molho de Natas Especial

Hoje estive com algum trabalho extra e cheio de telefonemas de toda a espécie! O meu único refúgio foi o almoço, onde pude conversar e conviver, acompanhado de uma salada de massas e frango excelente, preparado à última da hora pela manhã, quando reaproveitei duas asas de frango assado.

Depois de um dia cansativo, a vontade de preparar o jantar existia, mas não era evidente! É claro que me estendi na cama ao comprido por uma hora inteira e só depois me coloquei com a mão na massa!

No antro da velocidade com que corria pelos corredores da casa, à procura dos sapatos e de uns papeis importantes, não me esqueci de colocar alguma carne a descongelar. Só quando estava a preparar o jantar é que percebi o que tinha metido a derreter; um enorme lombo de porco para assar. A minha escapatória seria metê-lo no tabuleiro, regando-o com óleo e cebola e levar ao forno. Mas decidi pegar na faca e cortá-lo em fatias grossas, que ajuntaram-se num total de 10 bifes certos.

"Excelente!" Assim sendo, bastou-me pensar no acompanhamento e a ideia chegou na hora. Um molho especial e esparguete para os pobres bifes não ficarem sozinhos no prato. Apesar de terem sido cortados 10, só precisei de 6, visto serem apenas três pessoas a comer, pelo que guardei as que restaram. E então pus-me ao trabalho!

Fritei os bifes numa frigideira grande com margarina, certificando-me que ficavam bem fritos, devido à sua grossura. Enquanto alguns fritavam, coloquei 500 gramas de esparguete a cozer em água já a ferver, e tratei do molho. Numa taça, misturei dois pacotes de natas culinárias com três dentes de alho cortados aos bocados, uma pitada de sal e pimenta, e piquei um molho médio de salsa, bem picada, envolvendo-a nas natas muito levemente. Fico inebriado com o cheiro fresco e inesquecívelmente aromático da salsa quando está a ser picada manualmente. Nada paga esse momento deliciosamente nostálgico e cheio de vitalidade e energia vindo de uma erva aromática tão simples.

Assim que fritei todos os bifes, reservei-os e piquei uma cebola para dentro da frigideira, onde ainda se encontrava a gordura da carne com a margarina derretida. Depois de alourar, adicionei três colheres de sopa de polpa de tomate e mexi tudo, juntando por fim as natas. Deixei cozinhar por cerca de 5 minutos, até obter uma textura cremosa e com uma cor de pele leve.

Quando o esparguete cozeu, escorri-o, servi-o imediatamente no prato, para não secar por completo, e coloquei dois bifes em cada prato. Coloquei o molho numa molheira apropriada (embora fosse mais um recipiente de barro para manteiga, mas serviu perfeitamente), e servi o molho em cada prato com uma colher de sopa, cobrindo os bifes e o esparguete!

Foi uma refeição deliciosa e que não demorou muito mais que 20 minutos! O esforço não foi muito, e a recompensa foi tão satisfatória! Um molho como estes é um crime prepará-lo, mas neste caso, o "crime" compensa...

Resumo de ingredientes:
- 6 bifes grossos de lombo de porco
- 500g de esparguete
- 2 pacotes de natas
- 3 dentes de alho
- 1 cebola
- 3 colheres de sopa de polpa de tomate
- Salsa q.b.
- Margarina q.b.
- Sal e pimenta q.b.

Sigam, partilhem, "pipocomentem" e digam-me o que acharam da combinação das natas com estes bifes tão suculentos! Não se babem, não custa nada fazer e ainda se surpreendem!

Pipocas para todos! Até mais ver!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Um passeio pela Estufa Fria de Lisboa e o meu Bolo Delícia de Laranja e Framboesa

Ontem fui dar um passeio sozinho. Há alturas em que temos que estar um bocado apenas nós mesmos e a nossa intimidade, para reorganizar as ideias, repor prioridades, pensar e relaxar um bocado. A natureza na sua perfeita forma sempre foi o meu local de refúgio para momentos como estes e levar a minha máquina fotográfica é o assessório que falta para esses passeios íntimos.

Dei uma volta pelas ruas, sempre atento às mercearias e às bancas que despontavam com fruta cheia de luz na sua casca. Havia maçãs que pareciam ter sido lavadas com lixívia de tanto que brilhavam. Passei por alguns jardins, com flores lindas e alguma natureza escondida, mas o meu destino definiu-se quando cheguei ao Parque Eduardo VII.

A Estufa Fria de Lisboa é, como já se espera, um dos mais importantes espaços verdes da capital portuguesa. Tem uma área de 1,51 hectares e é considerado por muitos um autêntico "museu vivo", devido à variedade de flora e fauna por ali existente. Eu que o diga. Já lá fui umas quantas vezes, mas ontem não avistei, por exemplo, pavões, com as suas penas deslumbrantes, prontos para seduzir e levar para os seus "aposentos" a fêmea que tanto ama. Este espaço contém a parte de estufa fria, mas também contém a Estufa Quente, com cerca de 3.000m2, onde convívem plantas tropicais como o Cafeeiro, a Bananeira e a Mangueira.


Há ainda a Estufa Doce, a mais pequena de todas, com apenas 400m2 de área, que é a casa das Cactáceas, ou mais conhecido como, na maior parte, por cactos. No total, temos uma estufa variada e cheio de novidades e pequenos atalhos. Recentemente sofreu alguma remodelação e obras, mas já está totalmente disponível para visita por parte do público.

Tenho que realçar que houve um reaproveitamento das muitas pedras que ornamentam a Estufa e fazem parte das escadarias, cascatas e pequenos lagos existentes, originárias da pedreira de basalto também presente. Por entre a vegetação é possível descobrir algumas peças de estatuária que contribuem para o encanto deste verdadeiro "museu vegetal" onde o tempo passa devagar, mas mantém-se tudo muito aprazível.
Há sempre uma montanha de coisas que podemos descobrir em locais como estes, e sabemos que, de um modo ou de outro, naqueles dias mais solarengos (como o de ontem, por grande sorte) temos a luz suficiente para ver cada detalhe mais engraçado respeitante a uma rosa ou a um animal que por ali passe.

É claro que só em dias como esses é que dá mais vontade de investigar cada entrada, cada gruta, cada passagem, cada lago ou monte de flores. E os momentos que se passam por pequenos minutos quando nos deitamos na relva ou sentamos numa das muitas calçadas da Estufa são completamente inebriantes e cheios de vida... a vida que passa pelos nossos olhos enquanto nós a apreciamos.

Eu não me posso queixar. As maravilhas da natureza encantam-me e, além do mais, produzem-me uma sensação de aconchego e nostalgia que não me deixam sair de onde estou. Já imaginaram um piquenique nestes locais tão mágicos e com tanto para descobrir?

Foram duas horas cheias de descobertas, até porque, por muitas vezes que ali se vá, descobre-se sempre algo de novo, que antes nem nos lembramos de procurar.

Mágico e doce foi a altura em que cheguei a casa depois deste passeio tão relaxante e decidi preparar um bolo de laranja. Já era por volta das 17:30 e já começava a escurecer, mas isso não me impediu de começar a preparar a sobremesa do dia. Tinha os ingredientes todos em casa, só precisei de passar pelo mini-mercado para comprar uma lata de leite condensado.

Sim, este bolo é uma delícia e por isso mesmo necessita de algo delicioso! Querem ver?

Foi muito simples. Na batedeira, juntei 12 ovos com 200 gramas de açúcar branco refinado e o sumo de 6 laranjas gordinhas e cheias de um sumo aromático inesquecível. Caíram-me alguns gomos das laranjas, mas não me importei, só prova que é genuíno. Depois de tudo bem mexido, juntei duas colheres de sopa de leite condensado e três gotas de essência de baunilha, e envolvi tudo com a batedeira.

Adicionei então 500 gramas de farinha de trigo sem fermento, até obter uma massa pastosa e juntei duas colheres de sobremesa de fermento. Restou-me adicionar duas colheres de sopa de óleo e 2 colheres de sopa de leite fresco magro. Untei a forma de margarina e farinha, despejei a massa para dentro e levei ao forno, pré aquecido a 180ºC, deixando-o a cozer por cerca de 25 minutos. Não se esqueça de ir espetando um fio de esparguete para verificar a cozedura. Convém porém não abrir a porta do forno durante os primeiros 15 minutos em que o bolo se encontra dentro do mesmo, para garantir que cresce e não apanha ar.


Entretanto, numa taça misturei o resto da lata de leite condensado com três colheres de sopa de doce de framboesa, mexendo bem até atingir uma cor roxa clara. Reservei no frigorífico.

Quando o bolo cozeu, esperei arrefecer, desenformei e cortei-o em fatias grossas, despejando o creme de leite condensado e framboesa por cima de cada fatia. Bastou-me servir cada fatia com um bocado de doce de framboesa à parte e com um copo de leite fresco!

É um bolo fantástico e não lhe custa muito tempo ou dinheiro. Delicie-se e, se quiser visitar a Estufa Fria, leve consigo uma fatia destas. A combinação deve ser mágica, sem sombra de dúvida!

Resumo de ingredientes:

Massa do bolo:
- 12 ovos
- 200g de açúcar branco refinado
- Sumo de 6 laranjas
- 2 colheres de sopa de leite condensado
- 3 gotas de essência de baunilha
- 500g de farinha de trigo sem fermento
- 2 colheres de sobremesa de fermento
- 2 colheres de sopa de óleo
- 2 colheres de sopa de leite fresco

Creme:
- Restante do leite condensado
- 3 colheres de sopa de doce de framboesa

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e venham contar-me como foi este bolo nas vossas casas. Fez sucesso?

Pipocas para todos! Até mais ver!

Chocolate Quente de Gengibre e Marshmallows Caseiros e a fogueira da tia Adélia

Tenho uma tia, já envelhecida mas ainda com muita genica, que tem uma casa acolhedora e cheia de mimos para os seus familiares. Uma das coisas que mais adoro na casa dela é a fogueira. Visto que nestes últimos tempos, seja de dia ou de noite, o frio faz-se notar por todo o lado, ter as mãos espalmadas em frente ao fogo espevitado é o momento mais aconchegante que posso ter e não tenho vontade de sair.

A uma certa altura, foram todos colher algumas couves e laranjas no quintal da minha tia, mas ela, que já conta com 73 lindas primaveras, ficou comigo em casa a falar do que se tinha passado com ela uma vez quando estava no seu antigo trabalho. Adoro as histórias que ela conta, faz-me sentir parte da família dela ainda mais, e sempre conto com os momentos mais engraçados que só ela, com a sua voz provida de um sotaque exclusivo seu, os sabe contar.

No fim da conversa era hora para ela me mimar com um daqueles lanches que só as tias e as avós sabem fazer. Tudo para engordar, como era de esperar. Ela já tinha preparado um bolo de cenoura na noite anterior, e ainda tinha guardado arroz doce e baba de camelo. Aquela minha tia (a propósito, chama-se Adélia) tem tudo o que uma tia deve ter, e talvez um pouco mais!

E foi naquele antro de doçaria e mimos que resolvi ser eu a preparar a bebida que se devia acompanhar. Uma bebida quente, como era óbvio, e docinha, porque a tia Adélia é tão gulosa ou pior que eu. Assim sendo, decidi fazer um chocolate quente distinto do que costumo ver. Um chocolate quente de gengibre acompanhado de marshmallows caseiros. Quer aprender a receita?

Comecei pelos marshmallows. Preparei cinco colheres de sobremesa de café solúvel com duas chávenas de água quente (150 mililitros), juntando numa panela com 100 gramas de açúcar amarelo. Levei ao lume até obter uma calda grossa. Depois, juntei 3 folhas de gelatina incolor a 150 mililitros de água fria e dissolvi este conteúdo na panela com a calda. Reserve.

Eu decidi fazer marshmallows pois a minha tia tinha guardado seis claras de ovo, pois só tinha precisado das gemas para um doce que havia feito. Como já sabem, não gosto de estragar e, visto que para os marshmallows só preciso de claras de ovo, bati as seis claras na batedeira até ao ponto suspiro firme.

Finalmente, fui adicionando a calda morna em fio às claras, sem parar de as bater até ficarem minimamente frias depois de adicionar toda a calda.

Passados 20 minutos, despejei a mistura num tabuleiro, cortando-a em cubos pequenos. Bastou-me passá-los por um prato fundo com um pouco de Maizena, e reservá-los.

Para o chocolate quente, só tive que derreter uma tabuleta de chocolate negro com 20 gramas de manteiga  sem sal e 35 gramas de gengibre ralado, tudo numa caçarola. Assim que derreteu, desliguei o lume e adicionei um pouco de leite frio, mexendo sempre e depois distribui o chocolate pelas chávenas. Em cada uma, adicionei mais leite, aquecido no microondas por 5 minutos na potência máxima, até obter um líquido minimamente espesso mas não muito grosso. Por fim, só precisei de adoçá-lo com os marshmallows.

Ficou um mimo, a minha tia gostou e guardou a receita, mas não precisa. Sabem, ela também tem computador e Internet  é uma senhora das novas tecnologias e parece que mais tarde ou mais cedo passa aqui pelo blog para ver a receita quando lhe apetecer aquecer-se outra vez com a invenção do seu sobrinho maluco.

Resumo de ingredientes:

Para os marshmallows:
- 5 colheres de sobremesa de café solúvel
- 150ml de água quente
- 100g de açúcar amarelo
- 3 folhas de gelatina incolor
- 150ml de água fria
- 6 claras de ovo
- Farinha Maizena q.b.

Para o chocolate quente:
- 1 tabuleta de chocolate preto normal
- 20g de manteiga sem sal
- 35g de gengibre ralado
- Leite quente q.b.

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e venham dizer-me se os marshmallows vos saíram bem e adicionaram-nos ao chocolate quente ou decidiram comê-los à mão na fogueira.

A tia Adélia manda-vos beijinhos. E eu mando-vos pipocas, para todos! Até mais ver!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Arroz de Caril com Entremeada

Céus! Que rotina tão desgastante! Estou completamente estafado, e estes dias de rapidez não me deixam com vontade de fazer muita coisa quando chego a casa. Este frio é petrificante, ou pelo menos eu fico assim pois sou muito friorento.

Passando um pouco disso, à parte, eu tenho sempre um truque na manga quando respeita a cozinhar. Hoje não foi excepção, e já estava com saudades de um pouco de arroz. E então decidi preparar algo um pouco diferente e inovador. Modéstia à parte, e como já estou habituado, fez sucesso. Ah não me julguem convencido por favor. Não tem bom aspecto?

Fiz um refogado com uma cebola, três dentes de alho, uma folha de louro e um pouco de azeite. Juntei-lhe um cubo de caldo de carne e levei ao lume. Quando a cebola alourou, juntei dois chouriços às rodelas, e deixei que a gordura dos mesmos derretesse no refogado. Depois, juntei uma colher de sopa rasa de açafrão das índias. Basta uma colher, pois o seu sabor é forte e deixará uma cor amarelada deliciosa em todo o prato.

Cortei em bocados 8 entremeadas longas e sem osso. Coloquei-as na panela, mexendo um pouco e juntei duas colheres de chá de molho picante. Mantive no lume por 10 minutos para a carne ficar meio cozida, e de seguida juntei uma caneca e meia de arroz carolino (300 gramas).

Mexi por um bocadinho, adicionei 50 mililitros de vinho branco de mesa e três canecas de água (cerca de 200 mililitros). Deixei cozer por cerca de 20 minutos, abasteci com um pouco de sal e depois, bem... depois foi só servir!

Não acham que fica bom? Eu fiquei deliciado e nem demorou muito tempo a fazer. Foi uma refeição que me aqueceu e ainda estou a roubar uns bocados de chouriço da panela. Não, eu não lavei a loiça!

Resumo de ingredientes:
- 8 entremeadas longas sem osso
- 300 gramas de açúcar carolino
- 1 cebola
- 3 dentes de alho
- 1 folha de louro
- 1 cubo de caldo de carne
- 2 chouriços
- 1 colher de sopa rasa de açafrão das índias (ou caril)
- 2 colheres de chá de molho picante
- 50ml de vinho branco de mesa
- 200ml de água
- Sal e azeite q.b.

Sigam, partilhem, "pipocomentem" e digam-me se também se apressaram na cozinha com esta refeição que comeram na cama, devido ao frio. Céus, eu tenho mesmo que me enroscar no cobertor!

Pipocas para todos! Até mais ver!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Esparguete à Carbonara - um mimo vindo de Itália!

Itália! Ah, é um destino que adorava visitar! Parece tão romântico e inspirador... A Itália é a grande mãe e considerada o berço da gastronomia ocidental, em parte, por ter sido palco de dois grandes acontecimentos da nossa história; o Renascimento e a ascensão e queda do Império Romano.

O extravagante comércio de alimentos na região de Roma era o cenário em frente a variadas transições de caravanas recheadas de alimentos vindos de África, Europa e Ásia. Desde os cereais, o pão, o leite, o queijo, os ovos, a massa seca, as especiarias, o carneiro, avestruz, peixes e moluscos!

Os italianos não são sofisticados. O perfume e o sabor é a base das receitas e simplesmente agrada-lhes a degustação dos alimentos quando cozinhados e mantidos com variados ingredientes. Este esparguete à carbonara é a excelente ideia para quem quer experimentar a tradição regular de Itália e mergulhar no melhor aroma italiano!

Assim sendo, é necessário combinar os primeiros ingredientes. Numa taça, envolvi 4 ovos com 200 gramas de queijo ralado, sal e pimenta. Reservei no frigorífico, tapando com um pouco de película aderente. Entretanto, coloquei o esparguete a cozer.

Peguei em 300 gramas de bacon em fatias, cortando-o em bocados finos e levei-o ao lume numa frigideira com três colheres de sopa de óleo e um dente de alho, até ficar meio crocante. Forrei um prato fundo com papel de cozinha e coloquei o bacon aí, guardando a gordura do mesmo e acrescentando-lhe uma colher de sopa de azeite.

Piquei uma cebola para dentro da gordura do bacon, e deixei refogar até ficar suave. Adicionei mais um dente de alho. Por fim, adicionei 100 mililitros de vinho branco e deixei cozinhar por dois minutos.

Assim que o esparguete ficou pronto, escorri-o e coloquei-o numa taça grande de servir. Sem esperar para arrefecer, juntei-lhe a mistura dos ovos com o queijo ralado, mexendo bem, adicionei depois a gordura do bacon com a cebola e o vinho e por fim juntei o bacon.

Restou-me picar um molho de salsa fresca e juntar-lhe um pouco mais de queijo ralado, cerca de 50 gramas, adicionando ao esparguete! Convém servir quentinho. Servido com uma coca-cola e uma rodela de limão, é o almoço que qualquer um deseja ter já amanhã!

E é assim que vai perceber que, por momentos, visitou um restaurante italiano, mas sem sair de sua casa!

Resumo de ingredientes:
- 4 ovos
- 250g de queijo ralado
- 500g de esparguete
- 300g de bacon em fatias
- 3 colheres de sopa de óleo
- 2 dentes de alho
- 1 colher de sopa de azeite
- 1 cebola
- 100ml de vinho branco de mesa
- Salsa picada, sal e pimenta q.b.

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e venham dizer-me o que acharam do perfume deste esparguete... Fez-vos querer ir a Itália? Quem me dera...

Pipocas para todos! Até mais ver!

Concurso "A Minha Especialidade"

Olá a todos, meus seguidores e leitores. Por este artigo venho informar uma nova fase deste meu recente e modesto blog. Um concurso que me surgiu na mente quando lia alguns comentários vossos aqui nos artigos e também no perfil do Google+, e penso que será benéfico para todos quanto à participação!

Digo isto porque gosto de ouvir sugestões criativas e inovadoras. E por isso mesmo venho então com o concurso "A Minha Especialidade"!

Este consiste numa simples tarefa. Poderão enviar-me as vossas receitas mais criativas (poderão enviar quantas mais quiserem), com uma foto do prato e o resumo dos ingredientes. Serão escolhidas as três receitas mais originais que terão lugar, cada uma, em um artigo publicado no meu blog, acompanhadas dos links dos vossos blogs (caso tenham vencido um dos títulos de receita mais original). Ou seja, se for vencedor, poderá contar com todo o meu apoio na divulgação do seu blog respeitante a algumas receitas que tenha em mente.

O prazo de envio de receitas terá início hoje, dia 7 de Novembro, e encerrará dia 23 de Novembro, sexta feira, pelas 19:00h! Tendo em conta que as receitas (e os cozinheiros) vencedoras serão divulgadas após essa data, ou seja, numa altura em que já se fazem alguns preparativos natalícios, estejam há vontade para incorporar o espírito natalício que se avizinha em Dezembro.

Podem também enviar um menu natalício ou uma ementa saudável, estará tudo à vossa escolha! Estejam à vontade a partir de agora mesmo para enviar as vossas receitas.

O e-mail para o qual as deverão enviar é:

pipoca.mel.chocolate@gmail.com

Com as receitas, deverão incluir o vosso nome, para posterior divulgação.

No mundo dos "Food Bloggers" (como diria a minha amiga recente Maria João Clavel), teremos espaço para toda uma série de imaginações e criatividade.

Experimente, participe e divirta-se!

Resumo do concurso:
Data limite: 23 de Novembro
Obrigatório: Receita com foto e resumo de ingredientes, junto com o nome do cozinheiro

Pipocas para todos! Até mais ver!

Milkshake de Caramelo e Amêndoas

Existem uns momentos em que eu sei que terei que me apressar porque há prioridades vitais na minha vida. Embora tente colocar a cozinha num dos meus passatempos e também algum trabalho preferidos, há sempre alturas em que temos que improvisar à última da hora.

Na noite passada, decidi voltar a mimar-me com algo não muito doce, mas ainda assim, delicioso! Uma bebida fresca e única para acompanhar os momentos mais íntimos e que tira apenas para si!

Num liquidificador, bastou-me adicionar 3 bolas grandes de gelado de natas, 150 mililitros de leite magro fresco, 50 gramas de amêndoas laminadas e 2 colheres de sopa de caramelo líquido. É necessário garantir uma boa consistência da mistura, por isso, preste atenção a isso.

Peguei num copo grande, oferecido pela minha mãe, e muito apropriado para este tipo de bebidas geladas, e decorei a base e as laterais com caramelo líquido. Espalhei um pouco de amêndoas raladas e despejei o milkshake para dentro do copo. Restou-me apenas cobrir com amêndoas raladas e servir com uma palhinha grossa!

Sobrou para dois. Eu e o meu sobrinho deliciámo-nos a ver "Doraemon" e a beber este líquido saboroso e esplêndido! Sem palavras...

Resumo de ingredientes:
- 150ml de leite magro fresco
- 3 bolas grandes de gelado de nata
- 50g de amêndoas laminadas
- Caramelo líquido e amêndoas raladas q.b.

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e venham dizer-me o que estiveram a ver na TV enquanto experimentavam este milkshake divino!

Pipocas para todos! Até mais ver!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Chana dal Pulao

A cultura indiana fascinou-me desde jovem. O inesquecível aroma da Índia não só consiste na fragrância de jasmim ou de caril, como das rosas frescas ou mesmo do sândalo. Os pratos de carne são esplendidamente inesquecíveis e excelentes. A cozinha indiana fascina-me mesmo!

O coco é um ingrediente culinário muito importante da cozinha do sul da Índia assim como o peixe é a base da cozinha bengalesa. Em muitos acompanhamentos líquidos, o chá fica na maior das preferências dos indianos, e as suas variedades são famosas em todo o mundo. Penso que não será de estranhar que a gastronomia indiana, considerada a terceira melhor do mundo, chegue em primeiro lugar no pódio da minha despensa!

Para satisfazer o meu desejo de passar momentaneamente pelos campos indianos, decidi preparar uma receita simples dessas origens. É a mistura de sabores ideal para amantes do oriente como eu.

Peguei em 250 gramas de grão de bico sem pele e deixei-o de molho em 200 mililitros de água por meia hora. Levei ao lume em água e sal para pré aquecer o grão, e cozinhei durante 20 minutos, sempre mexendo um pouco. Escorri o grão e reservei, adicionando mais 500 mililitros à água da cozedura, e deixei ferver.

Numa panela à parte, aqueci um pouco de óleo com dois paus de canela, duas bagas de cardamomo negro, uma colher de chá de cominhos, quatro cravos-da-índia e uma folha de louro. Depois de mexer um pouco, bastou-me adicionar uma chávena e meia de arroz carolino. Após envolver o arroz nos sabores soltos pelo refogado, juntei o grão de bico e a água deixada a aquecer.

Bastou-me esperar até o arroz secar, cozinhando em lume brando e por fim, servi com espinafres.

Uma receita única e especial, para um pequeno momento zen em que quer estar apenas consigo e com os sabores que cozinhou!

Resumo de ingredientes:
- 1 chávena e meia de arroz carolino
- 250g de grão de bico sem pele
- 300ml de água
- 2 paus de canela
- 2 bagas de cardamomo negro
- 1 colher de chá de cominhos
- 4 cravos da índia
- 1 folha de louro
- Espinafres e óleo q.b.

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e digam-me como foi a vossa viagem no mundo dos sabores indianos!

Pipocas para todos! Até mais ver!

Frango à la picanta

Pessoalmente, há algo nas especiarias picantes que me atrai quando cozinho. E misturar sabores orientais com um bom ingrediente picante fica maravilhoso! Hoje era suposto ter feito frango com caril, mas pensei melhor e decidi voltar a satisfazer os nossos gostos com algo picante. Eu e a minha família temos uma língua de ferro e adoramos sentir sabores bem hot nas nossas bocas.

Para dar o picante ao meu frango, precisei de quatro ingredientes que tenho o maior prazer em conservar para momentos especiais. Quatro ingredientes que, combinados, dão um calor picante único e extremo. O primeiro, é a pimenta branca. Eu uso de moinho, mas poderá comprar pimenta branca moída. Depois, as malaguetas. O segredo para a refeição ficar mesmo picante quando se usa uma malagueta é nunca retirar as sementes. São essas que concedem o mais alto teor picante das malaguetas ao molho.

Depois desses, existem outros dois ingredientes que não são usados num contexto de conceder um sabor apimentado a um prato mas ainda assim têm, na sua essência, um travo picante que possibilita inúmeras sensações quando bem cozinhado. Estes são o alho e o gengibre. Por isso mesmo, neste prato, utilizei bastantes dentes de alho e um pouco de gengibre.

Uma especial atenção para a essência deste prato. Acontece que é extremamente picante, portanto, se quiser, aconselho a retirar as sementes das malaguetas ou não adicionar algum dos outros ingredientes, embora deva pelo menos manter o alho.

Vamos começar? Arranjei um frango inteiro sem miúdos, separando as pernas e as asas e cortando em pedaços o restante. Reservei num taparuére o frango, temperando-o com sal e vinagre, e ali ficou por cerca de meia hora.

Numa trituradora, juntei então duas malaguetas cortadas em pedaços (junto com as sementes), duas colheres de chá de pimenta branca de moinho (ou já moída, o que tiver), 10 dentes de alho descascados e 50 gramas de gengibre fresco. Adicionei também um pouco de azeite virgem extra, duas colheres de sopa de polpa de tomate e uma pitada de noz moscada e sal. Triturei tudo até obter uma pasta rude mas uniforme.

Preparei então o refogado com uma cebola, um cubo de caldo de carne, uma folha de louro e um pouco de azeite regular. Assim que a cebola alourou, adicionei um chouriço cortado aos bocados, mexendo um pouco até o seu delicioso cheiro salgado se alastrar pela cozinha. Aí, adicionei o frango.

Mantive-o no refogado por cerca de 15 minutos, até refogar juntamente com a cebola e depois juntei 150 gramas de polpa de tomate. Mexi tudo muito bem e adicionei por fim a mistura das malaguetas trituradas com o gengibre e o alho. Mexendo tudo sempre bem por 5 minutos, foi só juntar por fim uma caneca de água, tapar a panela e deixar cozer por entre 30 a 35 minutos.

Enquanto isso, cozi esparguete como acompanhamento. Passados os 30 minutos, verifiquei o frango e assim que ficou cozido, desliguei o lume. Deixei-o a repousar por cerca de 15 minutos, sempre tapado, para não perder o calor, mas para continuar a assimilar o picante e o sal dos restantes ingredientes. Escorri a massa, servi-a em pratos e por cima foi só colocar o frango e o molho.

Todos à mesa ficaram a arder, mas todos muito satisfeitos. O frango ficou uma delícia e o travo picante ainda está na minha boca. E eu acabei de comer há hora e meia! É simplesmente uma delícia dos infernos!

Resumo de ingredientes:

Frango:
- 1 frango inteiro sem miúdos
- 1 chouriço
- 1 cebola
- 1 folha de louro
- 1 cubo de caldo de carne
- 150g de polpa de tomate
- 1 caneca de água
- Azeite q.b.

Mistura picante:

- 10 dentes de alho descascados
- 2 malaguetas médias
- 50g de gengibre fresco
- 2 colheres de chá de pimenta branca de moinho (ou já moída)
- 2 colheres de sopa de polpa de tomate
- Sal, noz moscada e azeite q.b.

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e digam-me se adoram ter as línguas a arder também. Estupendo, é só o que vos digo!

Pipocas para todos! Até mais ver!

Pecado Extremo de Coco - nem os anjos resistem!

Eu sou viciado! Admito. Sou viciado nas coisas mais doces que vos poderão passar pela cabeça! O coco é um ingrediente que, acreditem ou não, anda sempre na minha despensa. Ou porque me apetece petiscar algo rápido com um ingrediente principal, ou porque me apetece misturar leite condensado com coco, ou então para preparar o meu mais famoso bolo; o Pecado Extremo de Coco!

Eu chamei-lhe "Pecado Extremo" devido a ser muito doce. A qualquer pessoa que sofra de diabetes, aconselho a ficar-se por apenas uma fatia, mas acredite, essa fatia vai deliciá-lo. E dá-me imenso prazer ver os meus a comer o meu bolo. Apesar de ser extremamente doce, tem um toque de simplicidade e rapidez que ninguém aqui em casa acredita! Mas é verdade.

Na batedeira, bastou-me misturar 4 ovos com 100 gramas de açúcar branco refinado e 150 gramas de coco ralado. Passado uns minutos sempre com a batedeira a trabalhar, acrescentei um terço de uma lata de leite condensado e, assim que obtive uma pasta harmoniosa, bastou-me juntar 200 gramas de farinha, 2 colheres de chá de fermento, 4 colheres de sopa de leite e 2 colheres de sopa de óleo.

Como todos sabemos, o óleo permite que o bolo fique mais fofo e macio, embora de qualquer modo não seja o meu objectivo principal nesta receita. Mas, é claro, o bolo tem de ser apresentável, logo, temos de o manter consistente! Misturei tudo muito bem na batedeira por cerca de 5 minutos.

Peguei numa forma e untei-a com margarina. Aqui fica um truque para untar uma forma. Quando o fizerem, peguem num pedaço médio de folha de alumínio e barrem um pouco de margarina no mesmo. Depois, basta passar a folha na forma e reabastecer de margarina se necessitar. Assim evita sujar muito as mãos e o trabalho de untar a forma fica muito mais reduzido.

De seguida polvilhei com um pouco de farinha, de modo a pegar a toda a margarina na forma, e despejei o conteúdo do bolo para dentro. Levei ao forno, pré aquecido a 200ºC, e mantive-o lá dentro por cerca de 25 minutos.

Eu sei que normalmente deseja-se os bolos bem cozidos, mas o importante neste bolo é que, quando lá for espetar com um palito ou fio de esparguete cru, este saia um pouco molhado mas que denote a cozedura ideal para ficar ligeiramente encharcado.

Enquanto o bolo cozia, preparei a cobertura. Numa taça média, misturei o restante da lata de leite condensado com mais 150 gramas de coco ralado e uma colher de chá de canela. Depois foi só esperar a cozedura do bolo, desenformar, e despejar esse delicioso creme por cima! Se quiser reforçar de forma definitiva o ingrediente principal, polvilhe o topo com um pouco mais de coco ralado.

Esta delícia, servida bem fria com um chá ou um pouco de leite fresco, faz as delícias de todos! Eu abusei um pouco, acho que tenho que ir ao médico avaliar os meus níveis de açúcar, visto ter devorado três generosas fatias (porque eu sou muito generoso comigo mesmo).

Vê como não custa? Eu acredito que nem os anjos resistem a tamanho pecado. É quase divino!

Resumo de ingredientes:

Massa do bolo:
- 4 ovos
- 100g de açúcar branco refinado
- 150g de coco ralado
- 1/3 de uma lata de leite condensado
- 200g de farinha de trigo sem fermento
- 2 colheres de chá de fermento
- 4 colheres de sopa de leite magro
- 4 colheres de sopa de óleo

Cobertura:
- Restante do leite condensado
- 150g de coco ralado
- 1 colher de chá de canela

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e venham dizer-me se ficaram inundados de tanta doçura que até deixaram uma pilha de loiça para lavar. Bem... eu deixei... e visto que não tenho empregada, daqui a nada tenho que arrumar tudo...

Pipocas para todos! Até mais ver!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Beijo Doce de Anjos; um luxo celestial!

Decerto que me compreende quando desejo algo doce e mais ousado em momentos que o merecem, ou em alturas em que a companhia chama a atenção para esses bocados de sabor. Eu especialmente sei que uma boa bebida acompanhada de alguns bolinhos ou bolachinhas de manteiga é uma especialidade típica de qualquer ser humano que gosta de agradar a si mesmo. O meu cocktail traz memórias doces e únicas numa altura que eu sei que vai querer se deliciar.

Eu sei que poderá ser difícil encontrar algum destes ingredientes, mas numa adega ou loja mais virada para a área do álcool decerto encontrará sem muita dificuldade. Só precisa de ter 200 mililitros de licor de cacau, 200 mililitros de licor de aniz, 200 mililitros de leite condensado, e 100 mililitros de creme de leite fresco. É muito fácil, basta misturar esses ingredientes todos numa jarra ou recipiente próprio, decorar as taças drink com fios de chocolate derretido e depositar dentro das taças.

Um luxo a que se pode permitir e nem tem que se preocupar em ter que comprar uma bebida já feita. Não tem nada que enganar e vai deliciá-lo por um longo instante!

Resumo de ingredientes:
- 200ml de licor de cacau
- 200ml de licor de aniz
- 200ml de leite condensado
- 100ml de creme de leite fresco
- Chocolate derretido

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e mantenham os vossos sentidos apurados. Não se esqueça, divirta-se mas beba com moderação!

Pipocas para todos! Até mais ver!

Sopa de Castanhas; um aconchego!

Estamos em Novembro, o Outono já reina por pouco mais de um mês, e os tempos chuvosos já se fazem notar por uns bons dias. Andar pelas ruas com os pés ensopados e no entanto ter um cheiro quentinho tão agradável pelas nossas costas de castanhas a serem assadas... é um momento de pura inocência e que dá um aconchego imenso.

Algo que me aquece muito (devido a ser muito friorento), é uma bela sopa acompanhada de um pouco de vinho e algumas tostas. Não vos agrada essa imagem tão típica de uma casa cheia de pessoas a falarem à mesa e a comerem uma refeição quente enquanto lá fora chove? Hmm... que saudades!

A minha sopa de castanhas relembra-me cada uma dessas noites tão cómodas! E é um prazer prepará-la, já que é tão apreciada sobretudo nestes dias em que só nos apetece estar na cama enroscados nos cobertores. É uma delícia!

Numa panela, cortei em bocados duas cenouras e piquei uma cebola. Lavei um alho francês e um talo de aipo, escorri-os bem e juntei-os aos ingredientes anteriores, cortando-os igualmente. Adicionei cerca de 60 gramas de margarina e tapei a panela. Liguei o lume, mantendo-o brando, até a margarina derreter por completo.

Aqui entra um capricho meu. Costumo ver muita gente a adicionar castanhas compradas congeladas. Eu prefiro compradas numa mercearia. Não descuro o sabor das castanhas ultra-congeladas, mas acontece que, para mim, o sabor não será o mesmo, e não se libertará todo durante a cozedura. Assim, as castanhas passarão do tempo que tomariam a derreter (se fossem congeladas) para começarem a ficar moles e libertarem todo o sabor que têm, até ao último bocado tenro.

Assim sendo, 500 gramas de castanhas descascadas, e tapei de novo a panela, de modo a que a margarina derretida pudesse suar um pouco mais e envolver todos os ingredientes no seu cheiro deliciosamente aleitado. Mantive esse processo por cerca de 5 minutos.

Adicionei então 700 mililitros de água a ferver, um cubo de caldo de legumes, e mantive o preparado em lume brando até as castanhas ficarem macias. A partir daí, reduzi tudo a uma espécie de puré com a varinha mágica e adicionei 350 mililitros de leite morno. Depois disso, bastou-me temperar com sal e pimenta branca e manter a panela ao lume até levantar fervura, mas tive sempre o cuidado de mexer de vez em quando. Cerca de 20 minutos será o que terá que esperar a mais para poder servir este manjar dos deuses à sua mesa!

Quer experimentar? Acredite que não lhe escondi segredo algum! Ah... e, quando servir, regue com um longo fio de azeite. Fica um mimo na sua boca!

Resumo de ingredientes:
- 2 cenouras
- 1 cebola
- 60g de margarina
- 1 talo de aipo
- 1 alho francês
- 500g de castanhas descascadas
- 700ml de água a ferver
- 1 cubo de caldo de legumes
- 350ml de leite morno
- Sal e pimenta q.b.
- Azeite q.b.

Nada que enganar, e o vosso estômago agradece.

Sigam, partilhem, "pipocomentem", refiram com que vocês acompanhariam esta sopa, e digam-me se a sobremesa foi algum doce com castanhas...

Pipocas para todos! Até mais ver!

Macarrão Rápido de Salsicha e Natas

Estragar comida... não é comigo. E quando, infelizmente, tenho de deitar comida fora, dá-me um baque no coração. Não só porque sempre poderia ser o que mais tarde nos poderá faltar, como também é coisa que, no fundo, me agradou cozinhar!

Com este artigo pretendo mostrar-vos o que realmente se pode fazer com as sobras ou alguma coisa que temos posto involuntariamente de parte no frigorífico. Eu reaproveitei umas salsichas frescas do talho para preparar um macarrão que fez sucesso aqui por casa. Entrem na minha cozinha e vejam a simplicidade e sabor traduzidas na rapidez.

Ontem fritei salsichas para a família  até porque não tinha muito tempo para uma refeição mais ousada e bem preparada, mas toda a gente ficou bem alimentada. Sobraram-me oito salsichas (também fritas) que reaproveitei hoje com o maior prazer. Já andava com esta deliciosa ideia enquanto regressava a casa.

Depois de um banho relaxante e de ver o meu programa favorito, peguei nos tachos para me apressar a comer. Numa panela, refoguei uma cebola enorme que comprei à última hora no supermercado, com dois dentes de alho, uma folha de louro inteira e um pouco de azeite normal. Em outro bico do fogão, pus meio litro de água a aquecer para cozer o macarrão. Eu usei macarrão grande riscado, mas podem usar do mais pequeno ou então, massa tagliatelle.

Enquanto isso, preparei as salsichas, cortando-as aos bocados (não medi com exactidão, até porque gosto muito da desigualdade de tamanhos no que diz respeito a bocados de carne quando a trincamos). Antes mesmo de colocar as salsichas na panela, já regozijava o momento em que me iria deleitar num prato novo no qual reutilizei as sobras. Algo que todos devemos aprender a fazer.

Adicionei as salsichas e dei-lhes uma mexedela. Apesar de terem sido cozinhadas ontem, certifiquei-me que ficariam ao lume por uns 10 minutos, não só para as aquecer mas também para manter a firmeza e textura das mesmas. Aliás era mais que tempo suficiente para o macarrão, acabado de ser adicionado à água a ferver, ficar cozido.

Eu gosto da massa cozida mas um pouco rija. Prefiro ter o que trincar do que só ter comida muito mole no prato. Assim que o macarrão cozeu, escorri-o todo, adicionei um pouco de margarina e juntei-o às salsichas. Por fim, verti 200 mililitros de natas culinárias, mexendo tudo muito bem. Aqui, só precisei de acrescentar alguns sabores. Uma colher de chá de noz moscada, o sumo de meio limão e duas colheres de chá de molho picante.

A combinação perfeita para um jantar rápido e delicioso. Eu sei que não parece ser uma receita que justifique a sua publicação num blog, e até pode parecer ter um aspecto feio, mas o sabor compensa. Aqui fica a sugestão de como reaproveitar os restos de um jantar ou almoço em que o estômago não suportou todas as delícias à mesa.

Resumo de ingredientes:
- 8 a 10 salsichas frescas do talho
- Macarrão grande riscado q.b. (ou outra massa da sua preferência)
- 1 cebola
- 2 dentes de alho
- Azeite q.b.
- 1 folha de louro
- 1 pacote de natas culinárias (200ml)
- 1 colher de chá de noz moscada
- Sumo de meio limão
- 2 colheres de chá de molho picante

Também houve sucesso em vossa casa?

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e venham dizer-me se gostaram da experiência simples de sabor no vosso prato.

Pipocas para todos! Até mais ver!

domingo, 4 de novembro de 2012

Cheesecake de Nutella; o rei das minhas sobremesas!

Há cerca de uns sete meses atrás experimentei fazer algo que, só pelo nome, me fez babar por tudo quanto era sítio. Como já devem ter percebido, sou amante de chocolate, e a Nutella nunca foi uma excepção no que toca a barrá-la em torradas bem quentes ou comê-la secretamente à colher durante um filme de terror às duas da madrugada.

Não comecem a julgar-me. Afinal, quem não cometeu aquele excesso que vos subiu à cabeça assim de repente e não vos largou até "assaltarem" a vossa despensa ou frigorífico? Bem, eu já devo ser culpado um milhão de vezes, sem exagero! De qualquer modo, não estamos aqui para definir cada "guloseima" devorada antes da hora das refeições, pois não? Ups, descaí-me!

Como eu estava a dizer, e a ver se consigo esfumar este momento meio embaraçoso, apesar de não poder dizer que a Nutella tenha sempre estado na minha despensa (o que acabaria por ser um atentado ao meu organismo), de vez em quando sempre escorrega um frasco para dentro do carrinho de compras e acabo por "inocentemente" me aperceber apenas quando chego a casa, na hora de arrumar as mercadorias.

Eu acho muito simples este cheesecake, até porque não tem nada de muito novo a não ser alterar certos ingredientes tradicionais nas sobremesas dos mais regrados cozinheiros. Eu decidi fazê-lo de novo. Ora vejam.

Eu comecei pela base. Não tem nada que enganar e nem tem que usar as mãos. Bastou-me misturar um pacote de bolachas Maria com 50 gramas de açúcar amarelo na trituradora. Depois de bem misturados e triturados, adicionei 60 gramas de manteiga previamente derretida (não demora nem dois minutos na potencia máxima do microondas). Triturei outra vez tudo muito bem até ter verificado uma mistura meio pastosa e uniforme.

Reservei a bolacha enquanto começava o recheio. Juntei 500 gramas de queijo creme Philadelphia com 150 gramas de açúcar branco refinado. À parte bati quatro ovos e juntei-os gradualmente ao queijo, envolvendo tudo sempre muito bem. Convém bater um pouco tudo com algum vigor, mas não necessita de fazer o trabalho de uma batedeira. Nem eu mesmo o fiz.

Já devem aperceber-se da pasta que esta mistura vai formar. Uniforme, um tanto ou quanto firme, linda, gloriosa! Conseguem imaginá-la tingida do castanho do chocolate Nutella? Oh, que visão maravilhosa. Vai inundar-vos o cérebro não só com a cor como também com o cheiro tão doce!

Vamos tratar da consistência do queijo. Dissolvi 3 folhas de gelatina incolor em água fria, cerca de 150 mililitros, e juntei ao queijo. Restou-me apenas bater um pacote de natas frescas Longa Vida e envolvê-las com todo o preparado anterior. Por fim, juntei 6 colheres de Nutella, mexendo até verificar o castanho doce a tomar conta do espaço branco das natas e do queijo.

Numa forma apropriada para tartes, com fundo removível, forrei a base com a bolacha triturada, tendo sempre o cuidado de não deixar nenhum buraco ou fissura o máximo possível. Teria que ter a certeza que não veria o fundo da forma, tapada pela bolacha. Depois, bastou-me colocar a mistura do queijo por cima, alisando a superfície. Levei ao frigorífico por cerca de 3 horas, de maneira a que ganhasse a consistência e firmeza necessário para não desmoronar na hora de desenformar.

Durante esse tempo de espera, como devem imaginar, já andava a preparar o jantar e a colocar a mesa pois fiz este cheesecake num dia em que tinha algumas visitas.

Após as três horas, retirei o cheesecake, desenformando-o. Peguei no frasco da Nutella e barrei a superfície com o creme. Eu decidi fazer algumas ondulações no topo, não me apetecia ter algo muito perfeito, até porque as visitas que aí vinham já eram frequentes e sempre muito bem vindas. Coloquei de novo no frigorífico, de forma a servi-lo bem frio!

Até havia bocas lambuzadas de chocolate, e a luta pela última fatia foi... inexistente. O meu jantar encheu-lhes os estômagos e, apesar de apenas ter sobrado uma fatia, toda a gente comeu a sua, e bem generosa! Foi um aconchego saber que, quando estivesse a ver outro filme, ainda tinha a última fatia no frigorífico à minha espera (embora, na hora da verdade, estivesse uma perfeita dentada na mesma). Ao menos não precisei de ir ao frasco da Nutella rapar tudo! Embora tenha guardado o pouco que restou...

Resumo dos ingredientes:

Base:
- 1 pacote de bolachas Maria
- 50g de açúcar amarelo
- 60g de manteiga derretida

Recheio:
- 500g de queijo creme Philadelphia
- 150g de açúcar branco refinado
- 4 ovos
- 3 folhas de gelatina incolor
- 1 pacote de natas frescas Longa Vida
- 6 colheres de sopa de Nutella

Cobertura:
- Nutella q.b.

Sigam, partilhem, "pipocomentem", e as vossas bocas gulosas que me digam se se derreteram no sabor tão divino deste cheesecake ou se afinal o chocolate é que se derreteu na vossa língua!

Pipocas para todos! Até mais ver!

sábado, 3 de novembro de 2012

Frango Waldorf

Sou apologista vincado das refeições rápidas, das mais simples, das que garantem sabor sem esforço nenhum. A combinar com frango, que é o tipo de carne que eu mais gosto, sem dúvida que tenho sempre aqueles momentos de rapidez que se traduzem em deleite e bem acompanhados com vinho ou sumo.

Esta receita é americana, mas não é coisa que me interesse. Apenas agradeço por terem inventado tamanho sabor por tão pouco. E os ingredientes, bem, esses eu tenho a certeza que tem aí na sua despensa. Não tem nada de mais, quer ver?

Já deve ter percebido que isto passa como uma salada fácil. Numa taça eu preparei 125 mililitros de maionese de azeite (8 colheres de sopa) com o sumo de um limão e dois dentes de alho cortados, misturando tudo muito bem. Esta mistura, para além do frango, será a que estará mais presente no sabor principal da salada e, acreditem em mim, terá a sua preferência na lista dos seus pratos favoritos.

Cozi o frango previamente, e desfiei-o rudemente. Eu não me importo de ter bocados grandes na salada, aliás, até consegue ser muito mais saboroso do que se pensa, seja o peito, as pernas ou as asas do frango. Adicionei-o à maionese anterior, junto com 2 talos de aipo cortados, 1 pepino cortado em bocados e 75 gramas de nozes descascadas e picadas.

Após misturar esta absurda porém deliciosa orgia de alimentos, bastou-me adicionar 50g de passas. É claro que estou a fazer uma dose familiar, e não individual. Afinal de contas, o meu estômago anda sempre cheio de fome e além do mais tenho outros esfomeados à mesa, como sempre.

Numa saladeira forrei o fundo com folhas de alface bem verdinhas e lavadas, e decorei com 2 maçãs vermelhas cortadas aos cubos. Coloquei por cima o frango com a maionese, e misturei levemente, temperando por fim com uma pitada de sal e pimenta.

Esta salada é tremendamente saborosa e tão fácil. Sempre recomendei a quem gosta de coisas frescas e rápidas, e toda a gente gosta de frango na salada, a menos que sejam alérgicos. Oh, e eu que estou tão deliciado com isto! Eu não me vou alongar mais, quero ficar na minha salada a sós!

Resumo de ingredientes:
- 1 frango cozinhado e desfiado
- 125ml de maionese
- Sumo de 1 limão
- 50g de passas
- Folhas de alface
- 2 maçãs vermelhas
- 2 talos de aipo cortados
- 75g de nozes descascadas e picadas
- Sal e pimenta q.b.


Partilhem, "pipocomentem", digam-me o que vocês acham da salada, ou se preferiram comprar uma já feita por preguiça!

Pipocas para todos! Até mais ver!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Rolo de Carne e Cebola com Bacon e uma surpresa...

Há prato melhor que um rolo de carne? A minha mãe fazia sempre um rolo de carne quando não tinha tempo para muito mais coisas ou então quando nos apetecia lambuzar no molho junto com a camada tostada da carne que tanto adorava. Oh, só de lembrar-me disso deu-me vontade de recrear essa receita, mas com alguns ingredientes adicionais.

Todos sabemos que cozinhar carne não é difícil, apenas requer alguma atenção se a queremos naquele ponto que tanto gostamos. Um rolo de carne pode perfeitamente fugir à excepção, desde que não roubemos algumas pontas do mesmo enquanto está a cozinhar (como eu, guloso como sou). O mais fácil de tudo é que não requer nenhuma experiência ou mãos de fada. Apenas a combinação mais suculenta e divina.

Eu usei cerca de um quilo de carne picada. No talho optei por misturar 500 gramas de carne de porco com 500 gramas de carne de vaca e pedi também para adicionar um chouriço. Não que seja um ingrediente completamente obrigatório, apenas acontece que o chouriço, ao se desfazer junto com a carne, vai dar-lhe a pontada de sal que me dirá para não acrescentar muito mais na altura de formar o rolo. É perfeita a combinação, dá sempre aquele gosto salgado e único que só o chouriço pode fornecer, e quem sabe até pode dar inspiração para recrear outro tipo de prato...

Sendo assim, numa taça grande depositei a carne e juntei-lhe uma caneca de pão ralado, um ovo, uma pitada de sal e pimenta e dois dentes de alho ralados. Numa frigideira desfiz duas cebolas bem cortadas, acrescentei um pouco de azeite extra virgem e uma colher de chá de noz moscada. O meu objectivo com isto será alourar a cebola, fritando-a um pouco até lhe sentir o cheiro levemente chamuscado mas delicioso. Quando a tiver bem alourada, desligue o lume e mexa a frigideira um pouco para garantir todo o envolvimento da cebola com a noz moscada. Se gostar do sabor forte da mesma, pode acrescentar mais uma colher de chá, embora eu ache que não será necessário porque o travo não será muito grande no palato, mas fará uma diferença bastante perceptível.

Juntei a cebola à carne e aí, bem, pus a mão na massa... ou, neste caso, na carne. Convém fazer isto com as mãos, porque sentirá uma textura mais rústica visto a cada garfada sobressair ou mais cebola, ou mais carne, e nunca terá o sabor típico de um rolo de carne preparado de forma tecnológica. Mas se não gostam de sujar as mãos, podem sempre usar uma colher de pau, claro.

Com tudo misturado, não me sobrou nada mais se não apenas tratar de decorá-lo. Num pirex, oleei a base com um pouco de azeite. Peguei em dois pacotes de fatias de bacon (cerca de 300 gramas) e forrei a base com parte do bacon, sobrepondo ligeiramente as fatias.

Com a carne, dividi-a em duas partes e coloquei a primeira parte por cima do bacon. O meu objectivo foi moldar a carne de modo a obter uma forma cilíndrica, e depois bastou-me fazer uma pequena cova longa ao longo do comprimento da carne. Isto porque entra aqui uma coisa, só mesmo para rechear o rolo.

À parte, cozi quatro ovos cozidos (embora depois tivesse verificado que só precisei de três, mas vale mais prevenir que remediar). Coloquei-os na cova da carne no sentido do comprimento, e depois bastou-me cobrir tudo com a segunda parte da carne. Tenha o cuidado de cobrir tudo muito bem, de modo a não se ver os ovos em nenhum lado do rolo. Assim, vai permitir que não cozinhem demasiado enquanto a carne assa, e ainda aproveita o sabor dos ovos enquanto bem cozidos e tenros. Bastou-me finalmente cobrir a carne com o restante do bacon, de uma ponta à outra. Bem envolvido com o bacon, bastou ir ao forno por cerca de 40 minutos a 170ºC. À medida que for assando, verifique a superfície do rolo e vá regando um pouco com azeite para garantir não tostar muito apenas o suficiente para ter um ligeiro sabor de carne bem assada.

Não tem nada que saber, e além do mais ainda se deliciam no fim com um copo de vinho tinto ou Casal Garcia. É a bebida que melhor combina com um prato destes, com o qual pode servir puré ou batatinhas assadas junto com o rolo. A escolha é sua... Vai adorar o "ovo surpresa" como recheio do rolo, e de certeza que vai querer comer mais sem parar. Cuidado com a linha!

Resumo de ingredientes:
- 1kg de carne picada (500g de porco e 500g de vaca, junto com um chouriço se quiser)
- 1 caneca de pão ralado
- 1 ovo (para unir a carne)
- 2 dentes de alho
- 2 cebolas
- 1 colher de sopa de azeite virgem extra
- 1 ou 2 colheres de chá de noz moscada
- 300g de bacon em fatias
- 3 ou 4 ovos cozidos (dependendo do tamanho do rolo)
- Sal e pimenta q.b.

Partilhem, "pipocomentem", não fiquem aí a babar pela carne. Experimentem, não se inibam, ainda podem fazer sucesso na vossa cozinha!

Pipocas para todos! Até mais ver!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Geleia de Pétalas de Rosa

"Pétalas de rosa?"

Tenho a certeza que fez esta pergunta na sua mente quando viu este título. Foi a mesma que fiz a um amigo meu quando se virou para mim e disse que fez esta geleia.

"Nem é difícil de fazer, e além do mais, existem rosas que são comestíveis se procurares um bocado.", disse-me ele. E procurei por acaso. Ao que parece existem locais do mundo onde se usa a rosa até mesmo como especiaria ou então como ingrediente especial em geleias, doces em caldas e até mesmo saladas (embora nestas se use mais as pétalas apenas).

Como não sou de desperdiçar uma oportunidade de experimentar algo novo, e em vez de me ter limitado a provar e esquecer, pedi ao meu amigo a receita. Ao início disse que era "receita de família"... "Sim, e eu nasci no Alasca!". O egoísmo não intencional dele é tão frustrante, mas divertido apesar de tudo.

Cheguei a casa depois de ter comprado rosas vermelhas orgânicas suficientes para um quilo de pétalas. A parte pior é mesmo retirar o branco da base das pétalas, mas com uma tesoura fica o trabalho muito mais fácil. Sim, eu uso atalhos, mas quem não o faz na cozinha?

Depois lavei as pétalas em água corrente e preparei o principal. Num tacho fundo (ou taça, como preferir) coloquei o sumo de três limões junto com um litro de água mineral natural comprada previamente, deixando as pétalas nesse caldo frio de molho por duas horas.

À medida que fui fazendo isto, fui-me perguntando se estava a fazer bem as coisas. Era algo tão incomum na minha rotina gastronómica... Quero dizer, adorei o sabor da geleia do meu amigo mas estava com medo que as coisas não me corressem tão bem. Graças a Deus que foi precisamente ao contrário.

Passadas as duas horas, coloquei toda a calda com as pétalas no liquidificador, triturando-as por completo. Depois bastou-me colocar esta mistura numa panela, cozinhando por cerca de meia hora. Acrescentei então um quilo de açúcar branco refinado, mexendo sempre de forma leve sem parar, para incorporar bem, até obter a textura habitual de uma geleia.

Oh, ficou tão maravilhoso! Nunca pensei ser tão bom quando é feito por nós mesmos, ainda para mais algo que nunca na minha vida havia feito. Bastou-me colocar em frascos de compota ou outros esterilizados com um pouco de álcool etílico.

Não espero que façam da mesma maneira, mas, se quiserem experimentar, porque não? Eu tentei, logo vocês não são diferentes de mim. São meus leitores logo são tão iguais ou melhores que eu.

Resumo dos ingredientes:
- 1kg de rosas vermelhas orgânicas
- sumo de 3 limões
- 1l de água
- 1kg de açúcar branco refinado

Partilhem, "pipocomentem", fiquem "engelados" na geleia se a fizerem mas, pelo menos, não morram com água na boca se quiserem tanto experimentar.

Pipocas para todos! Até mais ver!

Mousse de Chocolate à Francesa

Pessoalmente, não vivo sem chocolate. Dá-me as maiores inspirações e sempre me mantém activo nas minhas tarefas. Convenientemente, passou o 31 de Outubro, noite de Halloween e, apesar de não ter muitos preparativos nessa data festiva, gosto sempre de dar um carinho a mim e aos meus próximos. Há sempre algo de novo para provar ou experimentar fazer. A minha mousse de chocolate à francesa foi um pequeno invento meu pouco extravagante mas com um travo diferente da tradicional, mas não menos deliciosa, mousse. Foi um pequeno invento que marcou a minha noite das bruxas.

Para quem não sabe, mousse é a palavra francesa para "espuma" o que, nesta minha receita, se encaixa perfeitamente na textura altamente frágil devido a se derreter gloriosamente na boca mas mantendo o travo forte e doce do chocolate no palato.

Algo que me alegra imenso é quando me falam que fizeram ou comeram mousse de manga, de limão, ou qualquer outra, mas fica na minha mente aquele pensamento tão deliciosamente infantil de associar essa palavra imediatamente ao chocolate. Será assim tanto pecado desejar tamanho manjar dos deuses? Bem, eles que não me julguem se eu adicionar um novo ingrediente à receita mundialmente conhecida, mas convém dizer que "o que não mata engorda".

A preparação não podia ser mais simples, ou aliás, igual a qualquer outra. A diferença está precisamente em alguns ingredientes. Mas descansem, não é nada de mais.

Numa caçarola pequena eu parti uma tabuleta de chocolate preto culinário e adicionei também cerca de 50 gramas de chocolate de leite (pode ser de qualquer marca). Eu devo isto à minha mãe, que sempre me habituou a gostar de misturar chocolates numa receita ou mesmo na minha boca quando ela comprava vários  tipos de chocolate. Juntei-lhe 100 gramas de manteiga magra sem sal e mantive o lume brando, mexendo sempre de vez em quando.

Separei as gemas das claras de 6 ovos, e adicionei as gemas ao chocolate derretido, previamente colocado numa taça de vidro grande, e envolvi tudo muito bem. De seguida adicionei 150 gramas de açúcar amarelo, mas a partir daí não mexi muito. Isto porque eu adoro que permaneçam alguns cristais do açúcar intactos para, na hora da degustação possa trincá-los junto com o sabor do chocolate... é uma sensação tão excitante e aconchegante.

Aqui entra o improvável. 100 mililitros de champanhe doce. Acredite que não é muito difícil de adicionar. E presumo que não se vai arrepender do sabor. Adicione aos poucos, envolvendo levemente a cada gole depositado na mistura do chocolate. Assim que tiver adicionado tudo, tape com película aderente e coloque-o no frigorífico.

Enquanto isso, como já deve saber, fiz o habitual. Numa batedeira, bati as 6 claras em castelo, garantindo que, ao virar a taça da batedeira, estas ficassem bem firmes. A minha mãe ensinava-me isto quando era mais pequeno mas fazia sempre asneira. Mesmo antes de atingir esse ponto, já andava a virar a taça e acabava por sujar a bancada da cozinha. A minha adorada mãe aborrecia-se imenso, e era a sentença para parar de fazer a sobremesa. Apesar de tudo aprendi finalmente a não desafiar muito a gravidade, e então fico bastante tempo na batedeira até finalmente ter as claras como realmente quero.

Toca a tirar o chocolate do frigorífico. Junte-lhe as claras e envolva de forma leve mas verificando que fica tudo bem mexido e achocolatado. Reserve no frigorífico por uma hora.

Foi na altura de servir que fui para além da inovação. Foi de última hora que tive uma ideia maravilhosa e que me deu o impulso para chegar ao frigorífico e pegar num pacote de natas frescas (eu uso Longa Vida). Não se assustem. Apenas bati as natas na batedeira até ficarem montadas. Assim que o consegui, foi só buscar a mousse e preparar o serviço.

Em taças pequenas de sobremesa montei a base de natas, com cerca de colher e meia de sopa em cada taça, sempre alisando a superfície. Por cima coloquei a mousse de chocolate, decorando o topo com raspas de limão.

Não é nada de especial mas, para quem quiser experimentar, eu tenho a certeza que não se vão arrepender. Eu é que, em parte me arrependo, mas não é por comer. Foi tão grande o sucesso que tenho duas encomendas desta receita para fazer. Deus queira que haja nem que seja pelo menos uma hora nos meus próximos dias para fazê-la a tempo.

Porém, apesar de tudo, é gratificante cozinhar para os outros. Não me custa nada e ainda tenho o prazer de me deleitar com cada ingrediente nas minhas receitas. Esta mousse não foi excepção. Só tive oportunidade de comer uma tacinha, mas essa mesma, coitada, foi devorada com o maior prazer.

Resumo dos ingredientes:
- 1 tabuleta de chocolate preto culinário
- 50g de chocolate de leite
- 100g de manteiga magra sem sal
- 6 ovos
- 150g de açúcar amarelo
- 100ml de champanhe doce
- 1 pacote de natas frescas
- raspa de 1 limão

Partilhem, "pipocomentem", digam-me se esta mousse é algo de especial ou simplesmente um capricho mal conseguido da minha parte. Vá, podem ser maus...

Pipocas para todos! Até mais ver!